segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O que é amor? O que é sentir? O que é querer?

Amor é uma ilusão criada para sobrepor a carência humana, é um sentimento fictício que serve para nos transformar em animais irracionais e fingir que não somos capazes de tomar conta de nossas próprias vontades.
Como já era dito, o amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, porém, eu discordo de uma questão dentro desta frase, pois para mim é ferida que dói e se sente.
Uma ferida aberta, inflamada e sem cura, que não existe remédio que alivie. Possui o sentido de destruir ao invés de construir, quem disse que o amor constrói? Aliás, constrói o que? Lágrimas, decepções, incertezas e medos.

Sentir é algo que nos transforma, para o bem ou para o mal, sentimento as vezes é um acalento e outras vezes é desespero, principalmente quando não se sabe o que sentir e o que fazer com o ‘NÃO SENTIR’.
As vezes temos problemas em identificar o que sentimos, se é algo positivo ou negativo, se nos trará alegrias ou tristezas, se nos prejudicará ou afetará alguém próximo a nós. Porque o sentir não pode influenciar só a nós mesmos e na maioria das vezes tem que respingar por lados desnecessários, invisíveis, porém, existentes?

Querer é desejar algo que as vezes não identificamos o que é. É almejar o que nos faz bem para poder sorrir e festejar.

Amar... sentir... querer, três itens que estão relacionados, porém, nem sempre caminham juntos.
As vezes sentimos o que não queremos, não temos certeza se amamos ou não ou o que ou quem para ter coragem de assumir o querer.
Amo... sinto... quero!
Não amo... não sinto... não quero!

Brinco dia-a-dia comigo mesmo, com meus sentimentos e minhas ilusões. Sinto que não existo, que minha vida não passa de um pesadelo ou de uma estória mal contada por alguém que não sabe como dissertar.
Não consigo escrever, reescrever, criar ou recriar minha história para poder dizer que sou feliz com a vida que tenho. Não consigo apagar, rasurar ou deletar o que não sei se quero, se não quero, se almejo, se existe, se é real....

Sinto uma falta impossível de descrever de alguém que quanto mais se afasta mais eu percebo o quanto me faz falta, porém, não consigo abrir mão do hoje, para pensar no passado e reviver um futuro sorrindo. Não consigo identificar o que realmente eu quero pois quando acho que posso seguir, algo me tranca, me deixa no escuro em um quarto sem luz nenhuma e mesmo pensando... pensando... pensando, não há como chegar em conclusão nenhuma.
Momentos eu te quero, aí quando te encontro é como se estivéssemos tão distantes que não fosse possível haver algum sentimento aí eu lembro que fiz escolhas e estou seguindo meu caminho de acordo com o que plantei, porém, é como uma história sem fim, onde não se consegue fechar o livro pois sabe que o que é inesquecível vai sempre te cutucar, vai sempre, de alguma forma te relembrar aquele sorriso simples e puro que tanto lhe agradava e que não foi dado o verdadeiro valor. É muito estranho se sentir entre duas histórias, ver os caminhos se abrindo e eu criando raízes, entalada em um espaço vazio, sem saber qual a floresta que desejo explorar e qual delas me fará feliz.

Tenho me tornado uma pessoa fria e egoísta por não ter a capacidade de saber o que é melhor para mim, de não conseguir tomar decisões e por não ter coragem de dizer SIM ou NÃO.

Amor? Sentir? Querer? Não sei mais do que se trata esses três verbos que um dia me fizeram mais completa do que sou hoje. O tempo passa, não nos dá escolhas de congelá-lo e enquanto isso vou envelhecendo e deixando que as rugas apareçam sem saber como vou aceita-las.

O que me resta é seguir em frente, pois não há outra opção. As vezes a vontade é de não fazer mais parte deste mundo, mas se estou aqui, algum propósito existe e vou aguardá-lo de acordo com a vontade de Deus.

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